terça-feira, 27 de setembro de 2011

ACIDENTES DE TRABALHO NO RAMO DA CONSTRUÇÃO CIVIL

A Indústria da Construção Civil é uma das que apresenta as piores condições de segurança, em nível mundial. No Brasil, em 1995, ocorreram, no setor, 3381 Acidentes de Trabalho com 437 óbitos; em 2000, houve 3.094 AT, sendo 10,5% na Construção Civil (Brasil, 2001); em julho de 2001, registraram-se 12,5 afastamentos por mil empregados. Como se vê, a Indústria da Construção Civil perdeu apenas para a indústria pesada, com a marca de 13,4 (Brasil, 2002).
Segundo dados estatísticos do INSS, os maiores índices de ocorrência de acidente de trabalho resultam em maiores custos para a Previdência Social, devido ao pagamento das indenizações e/ou benefícios ao trabalhador segurado.
O emprego na construção civil por ser sazonal, em épocas de crescimento do setor são recrutados na zona rural ou estados mais pobres sem uma qualificação específica. A baixa qualificação, a elevada rotatividade e a limitação das empresas em investir em formação de mão de obra são fatores críticos de insucesso dos programas de segurança e saúde no trabalho.
A Indústria da Construção Civil mantém elevados índices de Acidentes de Trabalho apesar de esforços governamentais, empresariais e sindicais no sentido de reduzi-los. O número de trabalhadores acidentados, assim como suas características pessoais e dos acidentes, como as causas, as partes do corpo atingidas pelos acidentes de trabalho, 150 (2,45%) referiam-se aos trabalhadores da Construção civil. A faixa etária predominante foi à compreendida entre os 31 e 40 anos (34,7%), todos eram do sexo masculino e 55,3% procedentes da própria cidade. As causas predominantes foram às quedas (37,7%); as partes do corpo mais lesadas foram os membros superiores (30,7%). Em nenhum prontuário pesquisado encontrou-se uma via da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). Sugestões são feitas no sentido de minimizar os acidentes de trabalho na Construção Civil, bem como alertar as equipes de atendimento à saúde para que questionem os pacientes/trabalhadores acidentados sobre a sua ocupação, procurando-se, assim, estabelecer nexo entre o acidente trabalho ocorrido e o trabalho realizado pelos acidentados.
Os trabalhadores da construção civil constituem um grupo de pessoas que realizam sua atividade laboral em ambiente insalubre e de modo arriscado. Geralmente são atendidos inadequadamente em relação aos salários, alimentação e transporte; possui pequena capacidade reivindicatória e, possivelmente, reduzida conscientização sobre os riscos aos quais estão submetidos.
Quando sofrem AT, em sua maioria, são atendidos pelo sistema público de atenção à saúde, que, em geral, não consegue reconhecê-los enquanto trabalhadores e, dessa forma, os seus AT acabam não sendo oficialmente informado à Previdência Social, o que colabora para o fortalecimento do quadro de subnotificação acidentária do país.



Luiz Carlos Rodrigues Filho






segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Vacinação incluída no PCMSO

            As empresas de construção civil são obrigadas a vacinar os funcionários que trabalham em obras, contra o tétano. A lei 14.655 foi proposta pela deputada Ada De Luca (PMDB). "Garantindo a vacinação no ambiente de trabalho, prevenimos a doença, preservamos a saúde dos operários da construção civil, além de diminuir a sobrecarga no sistema de saúde", defende a parlamentar.
A vacina é uma das principais aliadas do serviço de saúde ocupacional porque permite, a partir de ações simples e de baixo custo, alcançar seu objetivo: a saúde dos trabalhadores, com diminuição do risco de absenteísmo. Além disso, um programa bem elaborado será percebido pelos funcionários como mais um benefício e, pela empresa, como uma ferramenta que assegura o ritmo de produção, evitando faltas, licenças temporárias por motivos de saúde e as aposentadorias precoces.
A vacinação deve, então, estar incluída entre os temas a serem trabalhados pelo serviço durante todo o ano e não apenas na Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (Sipat). Cabe ao médico do trabalho ser um vigilante das imunizações do grupo de trabalhadores.
A saúde ocupacional tem sido alvo de investimento e atenção das autoridades governamentais. Atualmente, é impossível conceber uma empresa que não esteja engajada no Programa Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e no Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). Campanhas educativas visando a melhoria da saúde do trabalhador brasileiro são incentivadas e assuntos como a obesidade, as doenças do coração, a Aids, e a saúde da mulher, entre outros, já fazem parte do cotidiano das grandes empresas.
Entre os anos de 1996 e 2007 foram registrados 351 casos de tétano, destes 144 pessoas morreram por causa da doença. Dos casos registrados, 94% aconteceram na faixa etária acima de 20 anos.
  
Apesar dos equipamentos de segurança, os operários da construção civil estão mais expostos aos riscos de contrair esta doença que pode levar a morte, com uma vacinação maciça no setor, os funcionários vão estar imunizados e vão trabalhar com mais segurança e tranqüilidade
Esta publicação é um pequeno guia de consulta e orientação para os Técnicos de Segurança que desejam atuar no ramo da construção civil e demais profissionais interessados em vacinação ocupacional, com os principais aspectos relacionados à imunização de trabalhadores. Estão neste texto as indicações de rotina e as situações especiais. A vacina para proteção contra o tétano faz parte do esquema básico infantil de vacinação, através da tríplice bacteriana (difteria - coqueluche -tétano) e, a cada 10 anos, toda pessoa deve fazer uma dose de reforço com a vacina dupla adulto.

Luiz Carlos Rodrigues Filho




sexta-feira, 9 de setembro de 2011

DDS A IMPORTÂNCIA DO USO DOS EPI’s

A IMPORTÂNCIA DO USO DOS EPI's
Todos nós temos um instinto de nos proteger toda vez que uma situação é adversa em situações normais. Ao passar andando por uma rua e nos depararmos com um cachorro bravo e sentimos que ele é uma ameaça e que pode atacar neste momento seu organismo começa a se preparar para a defesa, seja correr, seja apanhar um pedaço de pau. O certo é que internamente seu organismo enviou várias mensagens ao cérebro no instinto de defesa.
Porém existem outros recursos projetados para proteger você. Pegue por exemplo um par de óculos ou uma proteção facial. Estes dispositivos não impedem um dano num equipamento ou que um incêndio seja evitado. É isto mesmo! A proteção para a face e para os olhos serve apenas para uma coisa. Impedir que algum material arremessado atinja sua vista ou o rosto. Foi projetada para isso. Entretanto, ele protegerá você apenas se você quiser. Não há nenhum dispositivo automático para proteção dos olhos. Os óculos e outras proteções têm valor apenas quando você os utiliza da forma como foram projetados para serem usados.
O capacete de segurança é a mesma coisa, protege sua cabeça. Ele só vai proteger se você usá-lo, mesmo que esta proteção evite apenas um único acidente em todos os anos trabalhados na empresa.

As botas de segurança protegerão os seus pés, e não os do presidente da empresa... Apenas os seus. Quando há risco de cair alguma coisa sobre seus pés, existe então a bota de segurança com biqueira de aço, capaz de suportar o peso da queda de um objeto sobre seus pés.
Assim sendo, o uso do equipamento de proteção individual não é um favor para a empresa. É para que um empregado não fique cego, que outro não perca uma perna, que outro não fique doente ou que outro não venha até morrer. Nós aprendemos a partir de experiências próprias, quais são os tipos de equipamentos de proteção necessários em diferentes tarefas. É exigido o uso do equipamento de proteção por normas internas. A lei diz que a empresa é obrigada a fornecer gratuitamente o equipamento. Mas a lei diz também que a empresa deve treinar o empregado e exigir o uso do equipamento. Se o empregado descumprir as determinações da empresa, logo ele pode receber uma punição. Às vezes pode parecer complicado ter que colocar este ou aquele EPI como num trabalho de esmerilhamento. Porém pare um minuto para pensar no assunto. Quanto tempo leva uma peça de aço ou pedaço de esmeril para atingir seus olhos? Apenas uma fração de segundo.