sexta-feira, 4 de novembro de 2011

DIREÇÃO DEFENSIVA

Trânsito seguro é um direito de todos!

Em tudo o que fazemos há uma dose de risco: seja no trabalho, quando consertamos alguma coisa em casa, brincando, dançando, praticando um esporte ou mesmo transitando pelas ruas da cidade.
Quando uma situação de risco não é percebida, ou quando uma pessoa não consegue visualizar o perigo, aumentam as chances de acontecer um acidente.
Os acidentes de trânsito resultam em danos aos veículos e suas cargas e geram lesões em pessoas. Nem é preciso dizer que eles são sempre ruins para todos.
 Mas Você pode ajudar a evitá-los e colaborar para diminuir: O sofrimento de muitas pessoas, causado por mortes e ferimentos, inclusive com seqüelas* físicas e/ou mentais, muitas vezes irreparáveis;

Dirigir defensivamente é a melhor maneira de se comportar no trânsito, por que ajuda a preservar a vida, a saúde e meio ambiente.

Na verdade nem todos conhecem e/ou sabe o que é a direção defensiva!
Direção defensiva é a forma de dirigir que permite a você reconhecer antecipadamente as situações de perigo e prevê o que pode acontecer com você, com seus acompanhantes, com seu veiculo e com os outros usuários da via.

A primeira coisa a aprender é que acidente não acontece por acaso, por obra do destino ou por azar. Na grande maioria dos acidentes, o fator humano está presente, ou seja, cabe aos condutores e aos pedestres uma boa dose de responsabilidade. Toda ocorrência trágica, quando previsível, é evitável.

Os riscos e os perigos a que estamos sujeitos no trânsito estão relacionados com:
·         Os veículos em más condições;
·         Consumir bebida alcoólica;
·         Usar drogas;
·         Usar medicamento que modifica o comportamento, de acordo com seu médico;
·         Ter participado, recentemente, de discussões fortes com familiares, no trabalho, ou por qualquer outro motivo;
·         Ficar muito tempo sem dormir, dormir pouco ou dormir mal;
·         Ingerir alimentos muito pesados, que acarretam sonolência.


Ingerir bebida alcoólica ou usar drogas, além de reduzir a concentração, afeta a coordenação motora, muda o comportamento e diminui o desempenho, limitando a percepção de situações de perigo e reduzindo a capacidade de ação e reação.


Obs. Os veículos em movimento mudam constantemente de posição. Por exemplo, a 80 quilômetros por hora, um veículo percorre 22 metros em um único segundo. Se acontecer uma emergência, entre perceber o problema, tomar a decisão de frear, acionar o pedal e o veículo parar totalmente, serão necessários, pelo menos, 44 metros.


            Para que as famílias não tenham que chorar, você deve fazer a sua escolha beber ou dirigir...

Luiz Carlos Rodrigues Filho
Téc.de Segurança do Trabalho
(11) 6589-9059

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

DDS ACIDENTE PODE SER EVITADO?



Pergunta feita aos colaboradores a fim de conscientizá-los de que acidentes não acontecem por acaso e sim são provocados...





Tentando fazer um bom trabalho de verificação nas inspeções de risco e seguindo as recomendações que saem destas inspeções. Buscamos meios para fazer um trabalho completo a fim de evitar acidentes no canteiro de obra e investigando as potenciais causas que pode resultar em acidentes. Não fazemos isto para colocar alguém na berlinda ou para culpar alguém. Fazemos isto apenas por um motivo: evitar que novos acidentes ocorram. Provavelmente alguns de vocês estejam pensando: “Nenhuma investigação impediu o acidente que está sendo investigado”.  Se for isto que vocês estão pensando, vocês estão completamente certos. Porém, boas investigações, criteriosas, não tendenciosas podem ajudar em muito na prevenção do próximo acidente. Todos os acidentes são provocados - eles não acontecem por acaso. Descobre-se a causa do acidente, podemos fazer alguma coisa para eliminá-lo e impedir que outro acidente como aquele aconteça. Mas se apenas dermos de ombros, se apenas dissermos: “Foi uma coisa desagradável, que podemos fazer? Estas coisas acontecem. Foi um azar”, então podemos estar certos de que outros acidentes como aquele acontecerá. A maioria dos acidentes apresenta mais de que uma causa. Por exemplo: um homem perde o equilíbrio e cai de uma escada. Se na investigação a conclusão teve como causas: “o funcionário não teve cuidado” ou “a proteção não estava no lugar” estamos parando a investigação sem termo esgotado todas as possibilidades.

            Peguemos o caso novamente. O homem que perdeu o equilíbrio e caiu da escada. 

1.    Pergunta-se: a escada estava com defeito? 
2.    E se estava porque ela estava sendo usada?
3.    O homem sabia que a escada estava em boas condições de uso e relatou isto?
4.    Se não sabia, ele foi instruído corretamente sobre como e o que inspecionar numa escada, ou a escada estava em boas condições, mas foi usada de maneira inadequada?
5.    Ela foi colocada num corredor onde uma pessoa poderia esbarrar? 
6.    Se foi, porque não havia uma pessoa no pé da escada para manter as outras pessoas afastadas? 
7.    Ela poderia ter sido presa no topo? 
8.    Ele tinha tamanho correto para o local? 
9.    Ela foi posicionada com o ângulo certo em relação à parede, ou foi o próprio trabalhador que fez algo inseguro?
10. Ele estava subindo com algum objeto pesado que poderia ter sido içado por uma corda? 
11. Se estava, foi dito a ele para usar uma corda?
12. Ele segurava objetos com as mãos soltas?
13. Ele tentou virar-se para descer a escada de costa para ela?
14. Ele tentou segurar algo que foi jogado para ele e perdeu o equilíbrio?

          Estas são, acredite ou não, apenas algumas perguntas que podem ser feitas sobre um acidente muito simples. Se investigarmos a fundo em busca da causa ou causas fundamentais, então estamos contribuindo para que possa evitar outros acidentes dessa natureza.
Acima de tudo a Segurança quer saber se foi totalmente uma questão de falta de cuidado, ou se existiram outras condições que contribuíram para provocar o acidente. A investigação de acidente que seja real, sólida, consistente, profunda e que atinja todas as circunstâncias que envolvem o acidente é um dos melhores instrumentos que precisamos dominar para trabalhar com segurança. Todos saem lucrando com a investigação neste departamento e lucram com as investigações feitas em outras áreas da empresa. A mesma coisa acontece com as inspeções de segurança e os acompanhamentos das recomendações da segurança. Elas são realizadas para e preparadas para identificar ou eliminar as condições de risco.      Todos os maus hábitos, todas as peças defeituosas dos equipamentos, todas as inconformidades deverão ser relatadas ao Gerente, antes que alguém se acidenta.
          Lembre-se não estamos atrás da cabeça de ninguém. Não estamos querendo colocar ninguém na corda bamba. Apenas queremos impedir que alguém se machuque por um acidente.



Luiz Carlos R. Filho
Téc.Seg. do Trabalho

domingo, 2 de outubro de 2011

PROJETO CRESCER COM SEGURANÇA

Crescer com Segurança
P


ensando na segurança das crianças e professores, a Entidade Filantrópica CEI Montanha do Saber criou o programa “Crescer com Segurança” a fim de evitar acidentes e doenças relacionado ao trabalho. O objetivo do projeto é de obter uma educação de qualidade e garantindo, principalmente, a segurança de tudo e todos.
A educação é um assunto diário na mídia brasileira. Todos os dias, jornais, revistas, televisão, internet e rádio falam da educação, mas pouco da segurança nas escolas e/ou creches. Estes assuntos deixam no ar algumas questões, como: Quanto vale a vida humana? As creches, entidades e escolas estão preparadas para controlar e evitar acidentes? A legislação nacional esta atualizada em relação ao tema?
Essas questões estão sempre presentes no senso geral, os setores que lidam com a segurança do trabalho adquirem mais e mais relevância com as com as novas condições de trabalho, custos, rentabilidade, e cuidados no trato com a saúde e a vida humanas.
A idéia de aplicar a segurança no trabalho na instituição filantrópica montanha do saber se deu de forma mediata, através de observações e percepções realizadas no dia de trabalho dos professores, o “projeto crescer com segurança” criado por Maria Jocileide diretora em parceria com Luiz C. Rodrigues Filho Técnico de segurança do trabalho, onde visa minimizar e/ou neutralizar os acidentes relacionados ao trabalho, seja ele de pequena ou grande proporção. Um acidente causa sofrimentos à família, prejuízos à instituição e ônus incalculáveis ao Estado. Tais eventos não devem ocorrer, essa é uma das regras fundamentais do projeto, é nesse sentido que incentivamos tanto os professores quanto os responsáveis da instituição à enorme importância social e econômica dos acidentes de trabalho provocados por negligência, imprudência e/ou imperícia.
Para tanto, foi empregada uma metodologia que envolveu de inicio três etapas:
  1.  Pesquisa documental e de informações;
  2.  Um intenso trabalho de campo onde foi criado um mapa de risco e outros programas;
  3. Treinamento sobre segurança e medicina do trabalho, movimentação e manuseio dos equipamentos de combate a principio de incêndio e noções de primeiro socorros com os professores e responsáveis pela instituição.
Segurança do Trabalho começa na escola...

Luiz Carlos Rodrigues Filho
(11) 6589-9059

terça-feira, 27 de setembro de 2011

ACIDENTES DE TRABALHO NO RAMO DA CONSTRUÇÃO CIVIL

A Indústria da Construção Civil é uma das que apresenta as piores condições de segurança, em nível mundial. No Brasil, em 1995, ocorreram, no setor, 3381 Acidentes de Trabalho com 437 óbitos; em 2000, houve 3.094 AT, sendo 10,5% na Construção Civil (Brasil, 2001); em julho de 2001, registraram-se 12,5 afastamentos por mil empregados. Como se vê, a Indústria da Construção Civil perdeu apenas para a indústria pesada, com a marca de 13,4 (Brasil, 2002).
Segundo dados estatísticos do INSS, os maiores índices de ocorrência de acidente de trabalho resultam em maiores custos para a Previdência Social, devido ao pagamento das indenizações e/ou benefícios ao trabalhador segurado.
O emprego na construção civil por ser sazonal, em épocas de crescimento do setor são recrutados na zona rural ou estados mais pobres sem uma qualificação específica. A baixa qualificação, a elevada rotatividade e a limitação das empresas em investir em formação de mão de obra são fatores críticos de insucesso dos programas de segurança e saúde no trabalho.
A Indústria da Construção Civil mantém elevados índices de Acidentes de Trabalho apesar de esforços governamentais, empresariais e sindicais no sentido de reduzi-los. O número de trabalhadores acidentados, assim como suas características pessoais e dos acidentes, como as causas, as partes do corpo atingidas pelos acidentes de trabalho, 150 (2,45%) referiam-se aos trabalhadores da Construção civil. A faixa etária predominante foi à compreendida entre os 31 e 40 anos (34,7%), todos eram do sexo masculino e 55,3% procedentes da própria cidade. As causas predominantes foram às quedas (37,7%); as partes do corpo mais lesadas foram os membros superiores (30,7%). Em nenhum prontuário pesquisado encontrou-se uma via da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). Sugestões são feitas no sentido de minimizar os acidentes de trabalho na Construção Civil, bem como alertar as equipes de atendimento à saúde para que questionem os pacientes/trabalhadores acidentados sobre a sua ocupação, procurando-se, assim, estabelecer nexo entre o acidente trabalho ocorrido e o trabalho realizado pelos acidentados.
Os trabalhadores da construção civil constituem um grupo de pessoas que realizam sua atividade laboral em ambiente insalubre e de modo arriscado. Geralmente são atendidos inadequadamente em relação aos salários, alimentação e transporte; possui pequena capacidade reivindicatória e, possivelmente, reduzida conscientização sobre os riscos aos quais estão submetidos.
Quando sofrem AT, em sua maioria, são atendidos pelo sistema público de atenção à saúde, que, em geral, não consegue reconhecê-los enquanto trabalhadores e, dessa forma, os seus AT acabam não sendo oficialmente informado à Previdência Social, o que colabora para o fortalecimento do quadro de subnotificação acidentária do país.



Luiz Carlos Rodrigues Filho






segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Vacinação incluída no PCMSO

            As empresas de construção civil são obrigadas a vacinar os funcionários que trabalham em obras, contra o tétano. A lei 14.655 foi proposta pela deputada Ada De Luca (PMDB). "Garantindo a vacinação no ambiente de trabalho, prevenimos a doença, preservamos a saúde dos operários da construção civil, além de diminuir a sobrecarga no sistema de saúde", defende a parlamentar.
A vacina é uma das principais aliadas do serviço de saúde ocupacional porque permite, a partir de ações simples e de baixo custo, alcançar seu objetivo: a saúde dos trabalhadores, com diminuição do risco de absenteísmo. Além disso, um programa bem elaborado será percebido pelos funcionários como mais um benefício e, pela empresa, como uma ferramenta que assegura o ritmo de produção, evitando faltas, licenças temporárias por motivos de saúde e as aposentadorias precoces.
A vacinação deve, então, estar incluída entre os temas a serem trabalhados pelo serviço durante todo o ano e não apenas na Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (Sipat). Cabe ao médico do trabalho ser um vigilante das imunizações do grupo de trabalhadores.
A saúde ocupacional tem sido alvo de investimento e atenção das autoridades governamentais. Atualmente, é impossível conceber uma empresa que não esteja engajada no Programa Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e no Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). Campanhas educativas visando a melhoria da saúde do trabalhador brasileiro são incentivadas e assuntos como a obesidade, as doenças do coração, a Aids, e a saúde da mulher, entre outros, já fazem parte do cotidiano das grandes empresas.
Entre os anos de 1996 e 2007 foram registrados 351 casos de tétano, destes 144 pessoas morreram por causa da doença. Dos casos registrados, 94% aconteceram na faixa etária acima de 20 anos.
  
Apesar dos equipamentos de segurança, os operários da construção civil estão mais expostos aos riscos de contrair esta doença que pode levar a morte, com uma vacinação maciça no setor, os funcionários vão estar imunizados e vão trabalhar com mais segurança e tranqüilidade
Esta publicação é um pequeno guia de consulta e orientação para os Técnicos de Segurança que desejam atuar no ramo da construção civil e demais profissionais interessados em vacinação ocupacional, com os principais aspectos relacionados à imunização de trabalhadores. Estão neste texto as indicações de rotina e as situações especiais. A vacina para proteção contra o tétano faz parte do esquema básico infantil de vacinação, através da tríplice bacteriana (difteria - coqueluche -tétano) e, a cada 10 anos, toda pessoa deve fazer uma dose de reforço com a vacina dupla adulto.

Luiz Carlos Rodrigues Filho




sexta-feira, 9 de setembro de 2011

DDS A IMPORTÂNCIA DO USO DOS EPI’s

A IMPORTÂNCIA DO USO DOS EPI's
Todos nós temos um instinto de nos proteger toda vez que uma situação é adversa em situações normais. Ao passar andando por uma rua e nos depararmos com um cachorro bravo e sentimos que ele é uma ameaça e que pode atacar neste momento seu organismo começa a se preparar para a defesa, seja correr, seja apanhar um pedaço de pau. O certo é que internamente seu organismo enviou várias mensagens ao cérebro no instinto de defesa.
Porém existem outros recursos projetados para proteger você. Pegue por exemplo um par de óculos ou uma proteção facial. Estes dispositivos não impedem um dano num equipamento ou que um incêndio seja evitado. É isto mesmo! A proteção para a face e para os olhos serve apenas para uma coisa. Impedir que algum material arremessado atinja sua vista ou o rosto. Foi projetada para isso. Entretanto, ele protegerá você apenas se você quiser. Não há nenhum dispositivo automático para proteção dos olhos. Os óculos e outras proteções têm valor apenas quando você os utiliza da forma como foram projetados para serem usados.
O capacete de segurança é a mesma coisa, protege sua cabeça. Ele só vai proteger se você usá-lo, mesmo que esta proteção evite apenas um único acidente em todos os anos trabalhados na empresa.

As botas de segurança protegerão os seus pés, e não os do presidente da empresa... Apenas os seus. Quando há risco de cair alguma coisa sobre seus pés, existe então a bota de segurança com biqueira de aço, capaz de suportar o peso da queda de um objeto sobre seus pés.
Assim sendo, o uso do equipamento de proteção individual não é um favor para a empresa. É para que um empregado não fique cego, que outro não perca uma perna, que outro não fique doente ou que outro não venha até morrer. Nós aprendemos a partir de experiências próprias, quais são os tipos de equipamentos de proteção necessários em diferentes tarefas. É exigido o uso do equipamento de proteção por normas internas. A lei diz que a empresa é obrigada a fornecer gratuitamente o equipamento. Mas a lei diz também que a empresa deve treinar o empregado e exigir o uso do equipamento. Se o empregado descumprir as determinações da empresa, logo ele pode receber uma punição. Às vezes pode parecer complicado ter que colocar este ou aquele EPI como num trabalho de esmerilhamento. Porém pare um minuto para pensar no assunto. Quanto tempo leva uma peça de aço ou pedaço de esmeril para atingir seus olhos? Apenas uma fração de segundo.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO


A
 proteção dos trabalhadores contra doenças e lesões relacionadas ao trabalho faz parte do mandato histórico da OIT. Doenças e lesões não são indissociáveis do trabalho, nem a pobreza é razão para se menosprezar a segurança e a saúde dos trabalhadores.

Nos dias de hoje, o progresso tecnológico e as intensas pressões competitivas conduzem a mudanças rápidas nas condições, nos processos e na organização do trabalho. A legislação é essencial, mas insuficiente em si para lidar com essas mudanças ou acompanhar os passos dos novos riscos. As organizações também devem ser capazes de enfrentar continuamente os desafios da segurança e saúde no trabalho e transformar respostas efetivas em partes permanentes de estratégias de gestão dinâmicas. Conseqüentemente, elas constituem um instrumento único e poderoso para o desenvolvimento de uma cultura de segurança sustentável dentro e fora das empresas. Trabalhadores, organizações, ambiente e sistemas de segurança e saúde, todos serão beneficiados.

Atualmente, governos, empregadores e trabalhadores reconhecem que a introdução de sistemas de gestão da segurança e saúde no trabalho (SST) por uma organização tem impacto positivo tanto na redução de fatores de risco (perigos), como no aumento da produtividade.

Os problemas referentes à segurança, à saúde, ao meio ambiente e a qualidade de vida no trabalho vêm ganhando importância no Governo, nas entidades empresariais, nas centrais sindicais e na sociedade como um todo. O Ministério do Trabalho e Emprego tem como meta a redução nos números de acidentes do trabalho no País.

Propostas para construir um Brasil moderno e competitivo, com menor número de acidentes e doenças de trabalho, com progresso social na agricultura, na indústria, no comércio e nos serviços devem ser apoiadas. Para isso deve haver a conjunção de esforços de todos os setores da sociedade e a conscientização na aplicação de programas de saúde e segurança no trabalho. Trabalhador saudável e qualificado representa produtividade no mercado globalizado.

sábado, 21 de maio de 2011

HISTÓRICO DOS CONCEITOS DE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO

H
oje o mundo se encontra em um processo de plena busca pela produção máxima e custo máximo. Tal objetivo deve-se ao fato da procura do desenvolvimento por parte dos subdesenvolvidos e, pela busca do controle econômico mundial por parte dos países desenvolvidos. Evidentemente, que esse interesse geral está relacionado com o bem estar do ser humano, pois o Estado tem como meta principal, a sociedade.
Para alcançar tais objetivos, os países terão que dispor de um fator imprescindível, a tecnologia. Esse fator traz positivos benefícios econômicos, desde que haja um investimento no binômio Homem – Máquina. Porém, faz-se necessário considerarmos que tal fator poderá contribuir para um resultado contrário ao esperado pelo Estado, pois haverá uma influência direta no meio de trabalho do homem.
Sendo assim, torna-se necessário algo que venha a proteger o trabalho humano, surge então, o conceito de segurança.

CONCEITO DA SEGURANÇA

O trabalho existe desde o aparecimento do primeiro homem, porém, o conceito de segurança surgiu muito tempo depois.
Em 1956, George Bauer publicou um livro, onde mostrou que o trabalho pode ser um causador de doenças, e cita a extração de minerais argentíferos e auríferos, e a fundição da prata e do ouro.
Ainda nesta obra, Bauer fala sobre os acidentes do trabalho e as doenças mais comuns entre os mineiros, que, pela descrição dos sintomas e da rápida evolução da doença, tratava-se de casos de silicose. Chamada, na época, por “asma dos mineiros”.
Onze anos depois, surge a primeira monografia sobre as relações entre trabalho e doença, de destacando os principais sintomas da doença profissional, na intoxicação pelo mercúrio.
Esses trabalhos, não surtiram efeito algum com relação à preocupação quanto à saúde do trabalhador. Em 1700, foi publicado, na Itália, um livro, cujo autor era um médico chamado Bernardino Ramazzini, que teve repercussão em todo o mundo, devido à sua importância.
Nesta obra, Ramazzini descreve cinquenta profissões distintas e as doenças a elas relacionadas. É introduzido um novo conceito por Ramazzini: “Qual é a sua ocupação?”.
Hoje, poderíamos interpretar esta pergunta da seguinte forma: “Digas qual o seu trabalho, que direi os riscos que estais sujeitos”.
Por essa importante obra, Bernardino Ramazzini ficou conhecido como o “Pai da medicina do Trabalho”.
No século XVIII, surge então, quase um século mais tarde, na Inglaterra, a Revolução Industrial, um movimento que iria mudar toda a concepção em relação aos trabalhos realizados, e aos acidentes e doenças profissionais que deles advinham.
As primeiras fábricas foram instaladas próximas aos cursos d’água, pois as máquinas eram acionadas através da energia hidráulica; devido a esta localização, tinha-se uma escassez de trabalhadores. Com o aparecimento da máquina a vapor, as fábricas puderam ser instaladas nas grandes cidades onde a mão-de-obra era conseguida com maior facilidade.
As operações de industrialização tornam-se simplificadas com a maquinaria introduzida na produção. As tarefas a serem executadas pelo trabalhador eram repetitivas, o que levaram a um crescente número de acidentes. Aliado ao fato acima citado, não havia critério para o recrutamento de mão-de-obra, onde homens, mulheres e até mesmo crianças eram selecionadas sem qualquer exame inicial quanto à saúde e ao desenvolvimento físico ou qualquer outro fator humano. A procura por mão-de-obra era tão inescrupulosa que essas crianças eram compradas de pais miseráveis, chegando a ser aceito até uma criança débil mental para cada gruo de doze crianças sadias. O número de acidentes de trabalho crescia assustadoramente, onde a morte de crianças era frequente, causados por máquinas projetadas inadequadamente, que não ofereciam qualquer segurança.
Como a produção estava em primeiro lugar, não havia limites de horas de trabalho.
Nos ambientes de trabalhos haviam ruídos provocados por precárias máquinas, altas temperaturas, devido à falta de ventilação, iluminação deficiente, etc. fatores esses, que contribuíam para o elevado número de acidentes, pois, até as ordens de trabalho na produção não eram escutadas pelo trabalhador, devido ao elevado nível de ruído.
Em 1802, foi aprovada a “lei de saúde e moral dos aprendizes”, que foi a primeira lei de proteção aos trabalhadores, Que estabeleceu o limite de 12 horas de trabalho diárias, proibia o trabalho noturno, obrigava os empregados a lavar as paredes das fábricas duas vezes por ano, e tornava obrigatória a ventilação das fábricas. Essas medidas foram ineficazes no que diz respeito à redução no número de acidentes de trabalho.
Em 1831, instalou-se uma comissão para analisar a situação dos trabalhadores, onde concluiu se um relatório descrevendo que homens e mulheres, meninos e meninas, se encontravam doentes, deformados, abandonados, uma mostra da crueldade do homem para com o homem, surgindo em 1833, a primeira legislação eficiente para a proteção do trabalhador, o “Factory
Act”.
O Factory Act era aplicado em todas as fábricas têxteis, onde se usasse força hidráulica ou a vapor, para o funcionamento das máquinas. Proibia o trabalho noturno aos menores de dezoito anos, restringiu o horário de trabalho para 12 horas diárias e 96 horas por semana; obrigatoriedade de escolas nas fábricas para os menores de 13 anos, a idade mínima de trabalho passou a ser 9 anos e tornou-se obrigatória a presença de um médico nas fábricas. Surge então, o médico de fábrica com objetivo de submeter os menores trabalhadores a exame médico pré-admissional e periódico, e preveni-los tanto às doenças ocupacionais quanto às não ocupacionais.
Uma série de medidas legislativas é adotada, devido ao grande desenvolvimento industrial da Grã-Bretanha, visando à proteção do trabalhador, tal como, a criação de um órgão do Ministério do Trabalho, que visava uma análise de agentes químicos que eram prejudiciais à saúde do trabalhador.
Nos Estados Unidos da América, onde a industrialização desenvolveu-se mais tarde, surge no estado de Massachusetts, o primeiro ato governamental visando à prevenção de acidentes na indústria. Trata-se da lei emitida em onze de maio de mil oitocentos e setenta e sete, a qual exigia a utilização de protetores sobre correias de transmissão, guardas sobre eixos e engrenagens expostos e que proibia a limpeza de máquinas em movimento; obrigava também, um número suficiente de saídas de emergência, para que, em caso de algum sinistro, ambientes de trabalho fossem evacuados rapidamente.
Obviamente, essas medidas não solucionaram, apenas amenizaram alguns dos problemas a que os trabalhadores eram submetidos.
Nos anos de 1967 e 1968, o norte americano Frank Bird analisou 297 companhias nos Estados Unidos da América, sendo envolvidas nessa análise 170.000 pessoas de 21 grupos diferentes de trabalho. Neste período, houve 1.753.498 acidentes comunicados.
A partir desses dados foi criada a pirâmide de Frank Bird, onde chegou-se a conclusão que, para que aconteça um acidente que incapacite o trabalhador, anteriormente acontecerão 600 incidentes sem danos pessoais e/ou materiais.
Já no século atual, ao entrar a Revolução Industrial norte americana em nova fase, com a aplicação de recém desenvolvidos métodos de produção criada e em massa, se tornou necessário programas mais eficazes, no que refere à prevenção de acidentes e proteção de patrimônio. Os empregados passam a se mostrar mais interessados, pois, há o aparecimento da legislação sobre indenizações em casos de acidentes de trabalho.
Estabelecem os primeiros serviços médicos de empresa industrial naquele país, onde o objetivo principal era reduzir o custo de indenizações.
A segurança, nessa época, era considerada estritamente como um trabalho de engenharia mecânica. Consistia na proteção de correias expostas e engrenagens, a renovação de parafusos com ângulos cortantes e a melhoria das condições físicas. A preocupação com a segurança e prevenção de acidentes, ainda era uma necessidade, porque continuava assustadora a ocorrência de acidentes. Após várias reuniões, estudos e debates foi fundado o "National Council for Industrial Safety" (Conselho Nacional para Segurança Industrial), que, atualmente, é o centro prevencionista mundial, pelos ensinamentos básicos de prevenção de acidentes, divulgação de estatísticas precisas e revistas especializadas.
Na América Latina, a preocupação com acidentes de trabalho surgiu junto com o desenvolvimento da industrialização, que iniciou apenas no século XX.
Em 1950, através de Comissão conjunta, a OIT (Organização Internacional do Trabalho) e a OMS(Organização Mundial da Saúde), estabeleceu os objetivos da saúde ocupacional.
Em 1954, através de estudos e pesquisas, um grupo de dez peritos da Ásia, América do Norte e do Sul, chegou à conclusão que as condições de trabalho variam de país para país, Esta conclusão foi de extrema importância para elaboração de normas e instalação de serviços médicos em locais de trabalho. Foi recomendado por esta comissão, que as normas estabelecidas, fossem adotadas pela OIT. Ficou estabelecido na 43ª Conferência Internacional do Trabalho à recomendação número 112, a qual foi dada o seguinte título: ”Recomendação para os serviços de saúde ocupacional, 1959” onde a OIT definiu o serviço de saúde ocupacional como sendo um serviço médico instalado em um estabelecimento de trabalho, ou em suas proximidades, que tem como objetivos:
1.      Proteger os Trabalhadores contra qualquer risco à sua saúde, que possa decorrer do seu trabalho ou das condições em que este é realizado.
2.      Contribuir para o ajustamento físico e mental do trabalhador, obtido especialmente pela adaptação do trabalho aos trabalhadores, e pela colocação do trabalho aos trabalhadores, e pela colocação destes em atividades profissionais.
3.       Contribuir para o estabelecimento e a manutenção do mais alto grau possível de bem-estar físico e mental dos trabalhadores.
O Brasil aderiu à OIT, desde a fundação desta. Embora se tenha retirado, em 1928, da sociedade das nações, nem por isso deixou de prestigiá-la política financeiramente, tendo ratificado numerosas convenções, onde poderíamos citar: 05/1919 - idade mínima na indústria; 6/1919. - trabalho noturno de menores na indústria; 05/1957 - descanso semanal.
No Brasil, a primeira lei contra acidentes surgiu em 1919, e impunha regulamentos prevencionistas ao setor ferroviário, já que, nessa época, empreendimentos industriais de vulto eram praticamente inexistentes.
O ano de 1934 constitui um marco em nossa história, pois surge a nossa lei trabalhista, que instituiu uma regulamentação bastante ampla, no que se refere à prevenção de acidentes.
No setor privado, em 1941 é fundada a ABPA (Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes), por um grupo de pioneiros, sob patrocínio de algumas empresas.
Em 1972, integrando o Plano de Valorização do Trabalhador, o governo federal baixou a portaria nº 3237, que torna obrigatória além dos serviços médicos, os serviços de higiene e segurança em todas as empresas onde trabalham 100 ou mais pessoas. Nos dias de hoje, leva em consideração não só o número de empregados da empresa, mas também o grau de risco da mesma. O Brasil adéqua aos objetivos internacionais, e procura dar aos seus trabalhadores a devida proteção a que eles têm direito.
Ainda nos anos 70, surge a figura do Engenheiro de Segurança do Trabalho nas empresas, devido exigência de lei governamental, objetivando reduzir o numero de acidentes. Porém, este profissional atuou mais como um fiscal dentro da empresa, e sua visão com relação aos acidentes de trabalho era apenas corretiva.
Em 08 de junho de 1978, é criada a Portaria no 3.214, que aprova as Normas Regulamentadoras - NR, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho, que obriga as empresas o seu cumprimento. Essas normas abordam vários problemas relacionados ao ambiente de trabalho e a saúde do trabalhador. As normas vêm sofrendo atualizações ao longo dos anos e, já descrevem procedimentos a serem tomados quanto a doenças dos tempos modernos que foram observadas nos últimos anos, como a LER - Lesões por Esforços Repetitivos, que é uma sigla que foi criada para identificar um conjunto de doenças que atingem os músculos, tendões e membros superiores (dedos, mãos, punhos, antebraços, braços e pescoço) e que tem relação direta com a exigência das tarefas, ambientes físicos e com a organização do trabalho.
O papel do Engenheiro de Segurança do Trabalho deixa de ser fiscal dentro da empresa e, dentre as atribuições que lhes são conferidas, podemos destacar as de planejar e desenvolver a implantação de técnicas relativas ao gerenciamento e controle de riscos, ou seja, sua atuação deixa corretiva, passando a ser preventiva tornando-se obrigatório os exames:
·         Médico admissional, para constatar se o empregado já apresenta algum problema de saúde, e se apresenta condições para desenvolver e executar as tarefas para as quais foi contratado;
·         Periódico, para o acompanhamento e controle de qualquer problema de saúde que o trabalhador venha a ter no exercício de sua função;
·         Demissional, onde empresa irá eximir-se de qualquer responsabilidade relacionada à saúde ocupacional, que o empregado venha a reclamar judicialmente contra empresa.
Até o inicio dos anos de 1990 a regulamentação em segurança e saúde no trabalho era formulada considerando somente o saber técnico, e a definição de prioridades para normalização levava em consideração definições de cunho estritamente políticos, sem levar em conta a expectativa dos representantes dos empregadores e dos trabalhadores. Com isso a regulamentação representava, geralmente, um grande avanço do ponto de vista do seu conteúdo, porém com dificuldades em sua aplicação, pois a mesma, apesar de tecnicamente perfeita, se mostrava, na maior parte dos casos, inadequada ao momento político, social e econômico das empresas.
As normas regulamentadoras do MTE eram elaboradas pelo próprio pessoal técnico do ministério com apoio dos profissionais da fundacentro, com pouca ou nenhuma consulta a sociedade. Nesse modelo o governo selecionava os temas a serem regulamentados, designava os técnicos encarregados da elaboração dos textos e deliberava com ampla autonomia, como o processo não era participativo, o tempo necessário para edição de uma norma era bastante reduzido o poder estava centralizado nas mãos de poucos.
Nesse contexto foram publicados 28 NR, o que contribuiu para criar uma cultura centralizadora quanto à forma de se elaborar/revisar a legislação.
Com a criação da CTPP (Comissão Tripartite Paritária Permanente), foi uma grande inovação no processo de elaboração/revisão das normas regulamentadoras. A adoção de uma metodologia participativa das NR veio de forma oficial após a publicação da portaria 303/96. Esta nova metodologia tem garantido a participação dos representantes do governo, empregadores e trabalhadores na comissão tripartite paritária permanente.
Esta nova comissão, cuja composição é publicada por meio de portaria do MTE, é a máxima instância para a definição dos temas e propostas para revisão ou regulamentação na área de segurança e saúde no trabalho. A participação do governo brasileiro envolvendo as questões de segurança e saúde ocupacional objetivou a proposta de:
1.      Propiciar a participação de empregadores e trabalhadores no processo de elaboração/revisão de normas regulamentadoras (NR) do MTE. 
2.      Aumentar o comprometimento de empregadores e trabalhadores quanto à implementação de melhorias das condições do trabalho.
3.      Facilitar o estabelecimento de condições favoráveis à elaboração de normas regulamentadoras consensadas.
4.      Contribuir para consolidar uma relação sólida de parceria entre governo, empregadores e empregados.
5.      Facilitar a ação fiscal através da observação de normas claras e objetivas.
6.      Contribuir para a redução dos acidentes de trabalho e doenças ocupacionais.
A maioria das NR está baseada nas convenções da OIT assinadas pelo Brasil e que passam por regulamentação no congresso nacional. A publicação da portaria 393/96, estabeleceu esta nova metodologia de regulamentação estabelecendo mais transparência, responsabilidade e confiabilidade nos aspectos técnicos regulamentados.
Tais obstáculos foram contornados a partir dos benefícios alcançados pela nova pratica, com o tempo as novas NR se mostraram mais adequadas, e o comprometimento dos trabalhadores e empregadores na elaboração facilitava a criação/implementação das posteriores.